Dicas úteis
 

Temas que mais vendem

Escrever deve ser uma expressão de paixão e interesse genuíno nos temas que cativam o autor. Embora muitos se entreguem a tópicos populares visando maior visibilidade e vendas, é crucial manter a autenticidade na escrita.

Os temas mais procurados na Amazon, geradores de vendas significativas, incluem:

1) Livros infantis, abrangendo fábulas, contos, poemas, livros para colorir, puzzles, etc.
2) Autoajuda, esoterismo e espiritualidade em geral.
3) Negócios, empreendedorismo, manuais de poupança ou investimento, entre outros.
4) Literatura e ficção, englobando romances, ficção científica, etc.
5) Culinária, com livros de receitas em destaque.
6) Saúde, bem-estar, nutrição, dietas e exercício.

Embora a lista possa variar, esses temas indicam uma alta procura, atingindo milhões de leitores.
Autores que escolhem escrever sobre saúde, nutrição e dietas, embora possam gerar vendas, podem encontrar-se numa posição inferior na lista de popularidade.

Relativamente ao formato de livro mais vendido, de acordo com Wordsrated.com, aproximadamente 83% do mercado ainda prefere livros físicos, 17% compram e-books.
Em 2023, foram vendidos cerca de 767 milhões de livros nos Estados Unidos, contribuindo para um mercado global de 2,2 biliões de livros, com os Estados Unidos, Reino Unido e China representando 72% desse total, fonte: WordsRated.com
As vendas de livros impressos geraram uma receita de 64 biliões de dólares. Quanto aos e-books, geram 13 biliões de dólares em vendas.

Portanto, se vende apenas e-books, considere criar versão em papel também.

estatísticas vendas livros

Vendas online representam 25% das vendas à escala global, o restante é por via de livrarias comuns.

China e Japão constituem mercados significativos, com a China contribuindo com 24,7% das vendas de livros e o Japão representando 8,4%. Notavelmente, observo um volume considerável de vendas na Amazon provenientes do Japão. Embora algumas dessas transações possam envolver portugueses que emigraram para lá, a maioria corresponde a leitores japoneses adquirindo os meus e-books em inglês. Dessa forma, estou seriamente a considerar a tradução dos meus livros para o japonês.



Ferramentas úteis

Desenvolver um título envolvente para um livro pode ser desafiador, pois ele desempenha um papel crucial, assim como a capa. A concisão e memorabilidade são essenciais, facilitando a lembrança durante o processo de compra.
Um título eficaz é curto, original e fácil de soletrar mentalmente. Evitar complexidade é crucial, pois um título longo pode ser esquecido, prejudicando a sua permanência na mente do comprador.
A singularidade é essencial para evitar confusão com outros títulos na busca da Amazon. Incorporar palavras-chave relevantes na descrição do livro também é fundamental para a visibilidade.

Na autopublicação, a liberdade criativa é total, permitindo que o autor siga a sua intuição e conheça o seu público. Essa autonomia é contrastada com a restrição que algumas editoras tradicionais impõem, onde decisões sobre capa, título e até cortes no conteúdo são frequentemente tomadas, além de retenção significativa de receitas (a editora fica com 85% de comissão).

Na autopublicação é diferente, nós somos donos da nossa obra e temos 100% liberdade criativa. Sigo a minha intuição, conheço o meu público-alvo, sei criar capas e títulos impactantes. Por exemplo, escrevi um livro sobre um sistema de "Reiki" Egípcio, mas se eu criasse um título vago ou idêntico a outros, o meu livro iria ficar "perdido" no meio de tantos outros.
Decidi dar-lhe um título curto, mas diferente: "Cura Energética Sekhm". Isso desperta curiosidade, o leitor questiona-se "O que raios é Sekhm"?
Outro livro que publiquei: "Realidade Holográfica- Vivemos numa Simulação?", este título lança uma questão ao leitor, revela qual é o tema principal e leva-o a colocar a questão a si mesmo. Tenho outro que publiquei sobre a Lei da Atração, mas já existem imensos títulos que mencionam "Lei da Atração". Então criei: "Anavarana- Reescrevendo a Realidade".
A Palavra "Āvaraṇa" é do sânscrito, significa algo que é revelado e desmistificado, e estimula a curiosidade do leitor a questionar o que seria isso.

Geradores de títulos:




Direitos de autor


Segundo a legislação, um livro impresso serve como prova de autoria, estabelecendo-o como o autor, a menos que tenha plagiado.
As leis nacionais de direitos autorais têm sido harmonizadas em certa medida por meio de acordos internacionais e regionais, como a Convenção de Berna e as Diretivas Europeias de direitos autorais.
Na maioria das jurisdições, os direitos autorais surgem da fixação da obra, e não é necessário um registo formal.
Em Portugal, anteriormente regido pelo Código do Direito de Autor de 1966 (Decreto-Lei n.º 46980, de 27 de Abril), o novo código é o "Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos - CDADC," instituído pelo Decreto-Lei n.º 63/85.
No Brasil, a legislação pertinente é o Decreto-Lei nº 9.610, de fevereiro de 1998. Os direitos autorais, conforme a Lei 9610/98, englobam os direitos do autor sobre uma obra intelectual ou conexos a ela.
Contudo, é enfatizado que o registo não é uma exigência, bastando a publicação da obra. Apesar de ter livros publicados na Amazon desde 2018, com comprovação através da data de publicação e detalhes do autor no manuscrito Word, eu optei por registar as minhas obras no serviço internacional Copyrighted.com, como precaução adicional.
Isso pode ser feito gratuitamente, permitindo o registo de até cinco livros por mês. O processo envolve o upload de arquivos (Word ou PDF) contendo título, autor e descrição. Posteriormente, o Copyrighted.com gera um número de código e certificado, servindo como evidência de registo.
Em casos de litígio ou plágio, a plataforma oferece serviços de "Takedown" com suporte jurídico, disponíveis por aproximadamente 99 dólares para intervenções mais rápidas.


Usar pseudónimo ou não?

Decidir entre usar um pseudónimo ou não é uma escolha importante para autores. Na língua inglesa, também conhecido como "pen name".
Por exemplo, a Amazon permite a publicação de livros com até sete pseudónimos diferentes, mas limita a três páginas de autor.
A escolha de um pseudónimo tem vantagens e desvantagens a serem consideradas. Publicar com o seu nome real pode facilitar a comprovação da autoria, já que o seu nome estará visível na capa. No entanto, algumas pessoas preferem manter a privacidade, especialmente ao escrever romances ou contos eróticos, optando pelo uso de pseudónimos.
Outros escolhem nomes estrangeiros ou estilizados, acreditando que isso pode atrair mais leitores ou conferir uma sensação de renome.
Conheço autores portugueses que usam pseudónimos estrangeiros, como Isaac Weishaupt ou Magus Incognito, para criar a impressão de serem autores internacionalmente reconhecidos. No entanto, essa abordagem pode ter pouco sentido em termos práticos.

Pessoalmente, publico livros de espiritualidade com o meu nome real, Sílvio Guerrinha. No entanto, já experimentei publicar outros temas com pseudónimos para separar linhas editoriais, alcançar diferentes públicos-alvo e diversificar o meu catálogo para fins de marketing e aumento de vendas.
Muitos autores usam pseudónimos para preservar o anonimato ao compartilhar histórias pessoais complexas ou obras controversas, especialmente no âmbito político ou religioso.

Ao escolher um pseudónimo:

Opte por um nome impactante, misterioso e memorável.
Verifique a disponibilidade em websites e redes sociais.
Escolha um que se alinhe ao seu género, considerando outros autores.
Certifique-se de que seja fácil de soletrar e pronunciar.
Evite confusões com outros pseudónimos.
Utilize geradores de pseudónimos disponíveis online para inspiração.

Este texto foi redigido em português europeu.



É possível viver da escrita?

Sim, é possível. Contudo, sendo francos, esse êxito não ocorre imediatamente.
Não se alcança um considerável rendimento com apenas dois ou três livros; é necessário produzir mais de dez obras em diversos idiomas. Esse processo exige dedicação, empenho e consome alguns anos. No entanto, com comprometimento, disciplina e uma escrita apaixonada, é possível alcançar esse objectivo gradualmente.
A chave reside na disciplina. Em vez de gastar tempo na internet a assistir a filmes ou a jogar, reserve parte desse tempo para escrever. Embora todos mereçam momentos de lazer e diversão, obviamente irá tê-los.
A disciplina na escrita é crucial. Ao publicar um livro, disponibilize-o em dois formatos (e-book e versão impressa). Em seguida, proceda à tradução para o inglês, ampliando o seu catálogo para quatro livros. Continue o processo com a tradução para o espanhol, totalizando seis livros, ou seja, dois formatos para cada obra.
Ao longo do tempo, pense em publicar novos títulos. A minha jornada iniciou-se em 2004, e desde então, nunca mais parei (risos).

Além dos ganhos provenientes dos livros, invista em si, leia amplamente, participe de cursos de escrita e marketing digital, adquira competências relevantes. Promova os seus e-books em diversas plataformas, tanto online quanto offline.
Crie o seu próprio website de e-books, proporcionando autonomia e um plano B caso alguma plataforma exclua os seus e-books, terá o seu próprio site onde quem manda é você.
Busque rendimentos adicionais, como escrever artigos para blogues e revistas, oferecer serviços de escrita para terceiros (ghostwriting) e, posteriormente, considere compartilhar o seu conhecimento e experiência por meio de cursos online. Eu faço isso.